Ainda vamos estar por Viana mais uns dias. A partida está a ser complicada. Continuando com as despedidas, vou partilhar convosco algumas fotos da cidade e a sua lenda.
Encontrei várias versões da Lenda de Viana do Castelo. Vou partilhar duas.
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Encontrei várias versões da Lenda de Viana do Castelo. Vou partilhar duas.
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A lenda de Viana
Há muito, muito tempo,
na margem direita do rio Lima, erguia-se uma pequena povoação que tinha o nome
de Átrio ou Adro. As pessoas que aqui habitavam construíam barcos, fabricavam
redes e ensinavam as filhas e as mulheres a consertá-las…
Para
além de pescarem no rio também se aventuravam no alto mar, apesar de muitas
vezes serem surpreendidos pelo mau tempo, tornando-se difícil vencer a
impetuosidade das ondas. De lá traziam carapaus, congros, pescadas, sardinhas,
fanecas e muitos outros peixes, com que se alimentavam e vendiam no mercado.
Quando
o mar se alterava e não permitia a pesca, tinham o rio. E Aqui pescavam
enguias, solhas, trutas, tainhas, lampreias, sáveis e salmões, conforme as
épocas.
Para
além disso tinham as terras para desbravar, delas colhiam as hortaliças,
batatas, cenouras, tomates, frutas e outras tantas coisas, mas não estavam
vocacionados para as tarefas desta natureza. A horta era como um recurso de
última hora. Preferiam comprar ou trocar por peixe. Dizemos que, naquele tempo,
vinham os de Castro e traziam caça; os de Figueiredo e Santa Maria da Vinha
(hoje Areosa), carvão e sacos de farinha; os da Meadela e de Darque, legumes,
feijão, cebolas, hortaliças, e frutas de vária espécie, bem como carnes de
porco, ovo e galináceos. Por altura da Páscoa, desciam da serra da Arga os
queijeiros e os vendedores de cabritos, anhos, presuntos e salpicões.
Esta
povoação ia crescendo de dia para dia. Novas casas se iam erguendo,
principalmente em redor da matriz, onde todos se reuniam, quer nas cerimónias
religiosas quer em dias festivos. E era bonita a vista que dali se desfrutava
com o rio ao fundo, onde os barcos de vela subiam em direcção à nascente ou
desciam em direcção ao mar.
Por
essa altura, ali vivia uma linda rapariga que havia sido baptizada com o nome
de Ana. Essa linda rapariga, um dia, apaixonou-se por um moço da outra margem,
que por sinal era barqueiro.
A
paixão destes dois jovens era tal que bem lhes apetecia estarem longas horas
juntos. Mas, tal como acontece nos tempos de hoje, nem sempre isso era
possível. Por isso, o jovem barqueiro, sempre que encontrava alguém conhecido,
perguntava:
-
Viste Ana?
E
a resposta não se fazia esperar.
-
Sim, via Ana no castelo.
No
castelo porque era o local onde ela, juntamente com a sua família, residia.
Assim,
e porque se repetia por diversas vezes a força de expressão “Vi Ana”, em breve
surgiria o nome VIANA, para designar a terra onde ela habitava.
Segundo
a lenda, teria sido assim que surgiu o nome de Viana para designar a então
Átrio ou Adro."
"A lenda de Viana é uma tradição oral portuguesa sobre a origem do nome da cidade
de Viana do Castelo.
Conta a lenda que um
barqueiro que transportava mercadorias pelo Rio Lima (alegadamente o antigo Lethes), da foz no
Lugar do Átrio ou Adro, até Ponte de Lima,
apaixonou-se por uma jovem de personalidade alegre, jeito desempoeirado, e
feições helénicas. O nome dado por baptismo à bela rapariga fora de Ana, e toda
a gente a conhecia.
O moço não tinha olhos para mais
ninguém, passava o tempo a falar da Ana enquanto carregava e descarregava as
mercadorias. Umas vezes perguntava: "Viram a Ana?" E a resposta:
"Sim, Vi a Ana". Outras vezes era ele que de feliz afirmava:
"Hoje vi a Ana, vi a Ana!" Tantas vezes repetida, a expressão: «Viaana»
provavelmente deu origem a «Viana».
Apesar de se tratar simplesmente
de uma lenda, em 1258 o rei D. Afonso III de Portugal, ao conceder
o foral a este
povoado, proclamou: «Quero fazer uma povoação nova no lugar que se chama
Átrio, em a foz do rio Lima, à qual povoação (...) imponho o nome de Viana».
Desde essa época nunca deixou de
se chamar Viana, foi Viana de Riba do Minho, Viana do Lima, Viana de Caminha,
Viana da Foz do Lima e, mais tarde, pelo foral de D. Maria II que a elevou à categoria de cidade, em 1848, tornou-se Viana do Castelo."
Espero que se tenham divertido tanto quanto a "je".
Continuem atentos! De olhos e ouvidos bem abertos!
Inté!
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