Avançar para o conteúdo principal

Alfacinhas

Alfacinha, não se sabe muito bem de onde vem tal designação, é o nome popular e carinhosa que damos aos naturais de Lisboa. Muitas histórias há à volta da "Alfacinha". No século XIX, Almeida Garrett fez referência a esta designação na sua obra "Viagens na minha terra". Também à quem diga que tal nome diz respeito ao gosto dos Lisboetas por alface, era cultivada e consumida em Lisboa desde tempos imemoriais. Lisboa era uma cidade de pequenas hortas. Vem ainda à mesa de discussão sobre este tema, a ocupação de Lisboa pelos Mouros entre 711 e 714. Diz-se que depois da ocupação os árabes teriam começado a cultivar o "Al-Hassa", que acabou por se transformar em "Alface" na língua portuguesa. Na época a planta era usada para diversos fins, entre eles culinários e medicinais. Reza a lenda, que numa das várias guerras que aconteceram durante a permanência dos árabes, os moradores só teriam alfaces para comer. Enfim a verdade é que muito se diz a respeito, mas não se sabe ao certo a sua origem, os Lisboetas, esses continuam a ser os "Alfacinhas".
Já chega desta conversa. Eu sou "Alfacinha de gema", daquelas nascidas na MAC (maternidade Alfredo da Costa), e resolvi fazer uma pequena homenagem criando estas lindas Alfacinhas. São mulheres, como tantas outras, com várias profissões, que gostam de animais, têm a luz única de Lisboa ao amanhecer e o encanto das noites de Lisboa.
Espero que sejam do vosso agrado.














Estas lindas Alfacinhas estão disponíveis. Se alguma o/a apaixonou, e acha que vai ficar magnifica naquele seu cantinho especial, não hesite, contacte-nos. Pode ainda saber mais, na nossa montra. 
https://papapapelfv.blogspot.com/p/montra.html


Textos: Fernanda Viana
Fotos: Sentieira 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Cabeçudo

O Faroleiro  No 1º trimeste deste ano resolvi participar no curso de cabeçudos do grupo etnográfico da Areosa. Já tinha alguma curiosidade em saber qual a técnica utilizada para se fazer o tradicional cabeçudo. Quando cheguei a Viana, o ano passado, pensei logo, tenho de ir ver os cabeçudos e gingantones. E assim foi. A nossa chegada foi em Julho e as festas da Sra. D'Agonia são em Agosto. Lá fui eu, feliz e contente. Adorei. Vou, então, apresentar o meu 1º cabeçudo que já andou por festas e exposições este ano. De frente. Ele está um pouco cansado. Foi muito trabalho... Um ligeiro perfil. O curso O Faroleiro Outros cabeçudos. Trabalhos dos meus colegas. 

O cabeçudo Pinguço

Se já era fã de cabeçudos, agora ainda sou mais. A experiência de aprender a construir foi fantástica, adoro todo o processo, construção da estrutura, criação de personagens... Não vou parar de fazer cabeçudos  :«) é muito bom. Mas falemos do Pinguço. O Pinguço é daqueles portugueses que anda um pouco baralhado e está inactivo perante as mudanças sociais, económicas e políticas deste país. Ele ainda não compreendeu se está embriagado ou se apanhou sol a mais. Uma coisa é certa está estupefacto e ranhoso, muito ranhoso, também tem uns suores frios. Espero que reaja ( positivamente), que tome uma atitude para melhorar o que está menos bem. Eu (Fernanda) tenho esperança, não é fácil, mas é possível. De costas, à janela, ainda por pintar. Novamente de costas, mas já pintado. De frente, de perfil, é feio que se farta. Torna-se engraçado de tão feio que é. Para finalizar uma foto de amigos  :«)

Viana do Castelo e sua Lenda.

Ainda vamos estar por Viana mais uns dias. A partida está a ser complicada. Continuando com as despedidas, vou partilhar convosco algumas fotos da cidade e a sua lenda. Encontrei várias versões da Lenda de Viana do Castelo. Vou partilhar duas. "   A lenda de Viana               Há muito, muito tempo, na margem direita do rio Lima, erguia-se uma pequena povoação que tinha o nome de Átrio ou Adro. As pessoas que aqui habitavam construíam barcos, fabricavam redes e ensinavam as filhas e as mulheres a consertá-las…             Para além de pescarem no rio também se aventuravam no alto mar, apesar de muitas vezes serem surpreendidos pelo mau tempo, tornando-se difícil vencer a impetuosidade das ondas. De lá traziam carapaus, congros, pescadas, sardinhas, fanecas e muitos outros peixes, com que se alimentavam e vendiam no mercado.   ...